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Pintura

cinema+arte: hitchcock e hopper

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Nada mais cafona do que o dito que a “vida imita a arte”. Se isso é verdade, eu não sei. Mas que o cinema, a sétima arte, se inspira na sua prima, a pintura é verdade.

Há algumas semanas saiu uma matéria na Flavorwire bem interessante sobre essas comparações de framing: da moldura do quadro para o enquadramento da câmera. A seleção que eles fizeram engloba quinze filmes. Mas certamente a lista é bem maior do que isso.

Eu, como grande fã dos filmes do Hitchcock e das pinturas do Hopper, preferi restringir minha lista para essa relação entre os dois. Em 2013, no Grand Palais (Paris), teve até uma exposição sobre o pintor que explorava essa admiração do cineasta por ele.

Hitchcock certamente não foi o único a se inspirar no pintor, mas certamente foi um dos que deixou isso mais claro nos seus filmes – e poster dos mesmos. “Psicose” (1960) e “Janela Indiscreta” (1954) são grandes exemplos de inspirações em House By The Railroad (1925) e Night Windows (1928), respectivamente.

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Além desses exemplos específicos, ao longo da filmografia do diretor, podemos notar outras referências ao pintor. Afinal, voyeurismo, solidão, e isolamento são temas que Hitchcock e Hopper exploravam bastante em seus trabalhos. Como Carol Troyen, curadora do Boston Museum of Fine Arts, disse bem: “Hitchcock fez mais para condicionar a nossa percepção de Hopper do que ninguém.” E não é à toa que isso acontece.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Hopper, sob o ponto de vista da curadora Carol Troyen, especializada no trabalho dele, clica aqui pra escutar uma entrevista que ela deu pra National Gallery of Arts.

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[via Alfred Hitchcock Geek]

Prêmio PIPA 2015

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Hoje saiu o resultado do juri popular para melhor artista do prêmio PIPA 2015. O prêmio, criado em 2010, tem a missão de divulgar a arte e artistas no Brasil, a fim de estimular a produção nacional de arte contemporânea, motivando e apoiando artistas brasileiros (jovens em termos de carreira).

A ganhadora deste ano foi a artista Ana Ruas. Gaúcha de Machadinho, Ana tem como pesquisa o espaço e o lugar habitado, a intervenção urbana de sua e de outras cidades. Através de suas pinturas, a artista cria arquiteturas efêmeras com provocações visuais do que é ou não real nos espaços.

A série escolhida para mostrar aqui foi a “Picnic Indoor” de 2012. Mas para conhecer mais sobre o trabalho da Ana é só clicar aqui.

Abaixo, o vídeo da artista no qual ela conta um pouco do seu trabalho.

peter davies // one hundreds

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O gosto como identidade. E a arte como lógica mercadológica. É isso que nos mostra o artista escocês – radicado na Inglaterra – Peter Davies, com as obras “Hip One Hundreds” e “Top One Hundreds”.

Em ambas as obras, Davies mostra um ranking de amigos, colegas e gênios da arte, como se eles fossem hits, disputando uns com os outros os primeiros lugares do mundo da arte. A crítica de Davies é forte, mostrando que artistas são mais uma mercadoria no negócio do entretenimento.

Diferente do trabalho do artista Vuk Vidor, apresentado aqui, Davies brinca com o conceitual de uma forma muito plástica, ferrenha e pop através da escolha do suporte, cores e materiais para sua representação.

vuk vidor // art history

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A História da Arte é um campo em constante desenvolvimento e cheio de apropriações. Mas nesse campo alguns artistas se destacam por características específicas e, pensando nessas singularidades, o artista Vuk Vidor desenvolveu o trabalho “Art History”.

A obra é quase uma curadoria de grandes artistas no formato de uma lista. Cada linha é designada a um artista e o liga a sua obra por uma palavra / característica.

O trabalho de Vidor foi apropriado por outras “Histórias”, como a da moda e da música, mostrando como o artista contemporâneo é capaz de desempenhar outros papéis para além de criador de sua própria obra.

jim darling // windows

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Depois de ficar um tempo parado por conta das férias dessa que vos fala, o Petites Mélodies voltou!

E para essa retomada, nada melhor do que o trabalho do artista Jim Darling cujo tema são justamente as paisagens vistas das janelas dos aviões.

Na série “Window”, Jim usa a janela do avião como uma moldura pronta para suas paisagens abstratas criando um contraste super interessante entre a janela super realista com as paisagens quase impressionista.

Jim começou esse projeto registrando as paisagens através de fotografias no Instagram. Aos poucos seu interesse pelo tema foi crescendo e ele foi transformando as fotos que tirara em pinturas usando camadas de madeira, tinta acrílica e aerosol.

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho dele, nada melhor do que visitar o Instagram do artista.

yelena bryksenkova // cara mia

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Yelena Bryksenkova, como o próprio nome sugere, é uma artista russa. Nascida em St. Petersburgo, Yelena se mudou ainda muito jovem para Cleveland (EUA).

A jovem estudou Ilustração no Instituto de Arte de Maryland, em Baltimore, onde se formou em 2010 (BFA). De lá seguiu para Praga, para estudar na Academia de Artes Decorativas Aplicadas. Hoje ela mora na Nova Inglaterra, onde trabalha como ilustradora freelancer.

Yelena já trabalhou para clientes como: The New York Times, Chronicle Books, Urban Outfitters, Penguin Books, L’Officiel Italia, Mercedes Benz Fashion Week Russia, entre outros.

Sua principal inspiração vai desde os objetos do dia a dia até criaturas mágicas e temas misteriosos. A série “Cara Mia” é um projeto pessoal que a moça desenvolveu com guache, caneta e aquarela e retrata diversas mulheres.

Para conhecer mais sobre seu trabalho, tem o blog dela, o facebook e o instagram.

carl gustav jung // o livro vermelho

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Em geral quando ouvimos falar de Carl Gustav Jung pensamos no seu trabalho no campo da psicanálise. Mas sua obra vai muito além disso.

Amante das artes, em especial da pintura, Jung sempre gostou muito dos símbolos da nossa cultura. Não à toa, sua publicação “O Homem e Seus Símbolos” em que ele faz essa ligação direta entre o significado e papel dos símbolos e como eles se relacionam com nosso inconsciente.

Mas é na obra “O Livro Vermelho” (publicad0 pós mortem) que Jung explora todo o seu talento como artista. O livro impressiona não só pelo caráter denso, como também pelo caracter pictórico. Chamado de “o grande livro” devido ao formato – 30 cm x 40 cm, com 10,5 cm de lombada e capa dura, obviamente vermelha –, levou 16 anos para ser finalizado e deu base aos escritos de Jung (1913-1930).

Rico de detalhes e intricadas tramas, suas pinturas n’O Livro Vermelho, segundo ele, eram a própria encarnação do inconsciente que vinha através dos sonhos e o pincel era apenas o canal. Os manuscritos ilustrados constituem um belo trabalho artístico ligado ao universo inconsciente e à psicologia arquetípica. Vale a pena conferir!

nespoon // public jewelry

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NeSpoon é uma artista polonesa cujo trabalho flutua entre o passado e o presente, entre a ordem e a liberdade.

Com referências da tradicional arte islâmica e das rendas renascentistas, que por natureza possuem uma ordem harmônica e simétrica, a artista usa como pano de fundo para suas obras a cidade e sua natureza dinâmica e mutável. E essa escolha não é à toa, NeSpoon escolhe a rua como suporte do seu trabalho justamente pelo caráter moderno e livre, como se fosse para equilibrar os outros elementos.

A artista entitula sua obra de “Public Jewelry” como se cada elemento criado por sua arte fosse um adorno para lugares abandonados ou esquecidos.

Grande parte do seu trabalho usa a técnica da pintura, mas a moça ainda borda e esculpe intricados detalhes na argila que são incorporados nas paredes e calçadas.

Para conhecer mais sobre o trabalho da moça, acompanhe seu perfil no Behance e no Facebook.

alex brewer a.k.a. HENSE

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Artista contemporâneo internacionalmente conhecido e premiado, o pintor Alex Brewer, conhecido como Hense, mistura técnicas de graffiti com arte abstrata tradicional, colorindo as ruas por onde passa.

Quem já visitou NY, certamente se deparou com a obra do artista – e quem também nunca foi, já deve ter visto a adaptação do artista à famosa foto do beijo tirada no fim da II Guerra Mundial.

Para Hense, a pintura é um encontro entre o artista e a tela; as obras assumem uma vida própria no processo. E é dessa vida que seu trabalho se alimenta e ao mesmo se funde com a cidade, espaço onde o artista se apropria e ao mesmo tempo enriquece.

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