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patrick neu

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Desde que cheguei em Paris estou querendo escrever sobre a exposição super interessante que eu vi no Palais de Tokyo. Finalmente consegui um tempinho. Infelizmente, a exposição acabou neste último domingo, mas quem tiver a chance de vê-la em outro lugar, vale a pena.

O trabalho tão especial é do artista Patrick Neu (1963), que mistura técnicas tradicionais e diferentes suportes ao propor novas experimentações e interpretações da História da Arte.

Para isso, Patrick se apropria de obras importantes de mestres como Ingres, Bosch, Le Douanier Rousseau e as desenha, com incrível virtuosismo, usando fumo negro em taças e painéis de vidro em móveis.

A escolha do material evidentemente não é gratuita. Segundo o artista: “Estes são materiais que aparecem frágeis, mas que não são necessariamente. (…) A vida é muito frágil, muitas vezes, não temos consciência disso”.

Além do fumo e do vidro, o artista também explora outros materiais que podem parecer muito frágeis, como: asas de abelha (com o que ele constrói uma veste de guerreiro primoroso), asas de borboleta, cristal, cera, casca de ovo etc.

É nesse constante diálogo entre materiais e referências históricas que Patrick imprime seu trabalho de pesquisa, memória e experimentação.

xavier corberó // casa sublim

O site NOWNESS tem uma série chamada In Residence, onde são mostradas as casas de artistas, arquitetos e designers em formato de video.

Um dos videos mais bonitos que eu vi foi o do artista catalão Xavier Corberó. Dirigito por Albert Moya o video captura em seus 4 minutos e 19 segundos cada detalhe de uma poesia muito maior que é a história que a casa de Xavier nos conta.

O artista, considerado o mais significativo artista catalão depois de Gaudi, foi amigo de Salvador Dalí e sua casa deixa clara as influencias surrealistas. De caráter extremamente pictórico, a casa-galeria de Xavier desafia a arquitetura modernista contemporânea à época de sua construção, trazendo uma perspectiva projetual constante.

Corberó explora cada canto de sua casa-galeria como se ela fosse um labirinto sem fim de espaços dedicados a exibir suas esculturas que, por sua vez, adquirem um caráter instalativo. A casa torna-se a própria obra como em um processo infinito de metaliguagem.

E, no final das contas, Corberó está certo: o resultado do que ele faz é poesia.

fernando de la rocque // lambe-lambe

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Alguns anos antes dessa febre de livro de colorir para adultos assolar o mercado editorial, o artista brasileiro Fernando de la Rocqueprofetizava essa onda, já em 2011.

A obra “Lambe-lambe”, faz alusão aos famosos lambe-lambes colados na parede e também ao conteúdo erótico dos desenhos. De caráter interativo, “Lambe-lambe”, convida o público a fazer parte da experiência do artista – como nas surubas retratadas – pelo ato de colorir e desenhar.

A obra do artista é super completa e para conhecer mais sobre ele, vale a pena ler a matéria publicada sobre ele na revista Vice.

geoffrey farmer // leaves of grass

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Geoffrey Farmer é um artista multimedia cujo trabalho é um híbrido de escultura, colagem, instalação e filme. Nascido em 1967 em Vancouver, o artista canadense trabalha com referências culturais vindas da Literatura, Teatro, Cinema etc.

Um dos seus trabalhos mais emblemáticos é a instalação “Leaves of Grass”, um trabalho com imagens coletadas da revista LIFE ao longo de cinquenta anos (1935 a 1985).

A obra, exibida na 13a Documenta de Arte, é uma colagem tridimensional extremamente impactante e simbólica, como retrato cultural da sociedade pós-moderna.

[via Designboom]

vuk vidor // art history

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A História da Arte é um campo em constante desenvolvimento e cheio de apropriações. Mas nesse campo alguns artistas se destacam por características específicas e, pensando nessas singularidades, o artista Vuk Vidor desenvolveu o trabalho “Art History”.

A obra é quase uma curadoria de grandes artistas no formato de uma lista. Cada linha é designada a um artista e o liga a sua obra por uma palavra / característica.

O trabalho de Vidor foi apropriado por outras “Histórias”, como a da moda e da música, mostrando como o artista contemporâneo é capaz de desempenhar outros papéis para além de criador de sua própria obra.

nicole crock // tessellate

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Um caleidoscópio de memórias. É isso o que o trabalho “Tessellate” da artista Nicole Crock remete logo de cara pelas formas e referências quase mágicas.

A obra reúne fotografias vintages de pessoas e suas casas, qua são dobradas e montadas de forma que elas ficam quase desconectadas de sua origem, mas ao mesmo tempo, conectam-se com outras formas, formando uma teia quase abstrata. Segundo a artista: “formando uma tecelagem nostálgica”.

O resultado salta da superfície e entra no plano tridimensional, como uma instalação.

Nicole nasceu e cresceu em Pittsburgh (Pennsylvania, EUA). Com mestrado em Artes Visuais pela Columbus College of Art and Design, Nicole tem um trabalho bastante pessoal. Seu principal tema gira em torno dos espaços domésticos, mudanças e sua busca por um lar.

Mais sobre a moça você pode ver aqui ou no seu blog.

 

daisy xavier // último azul

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Daisy Xavier é psicóloga e psicanalista e, assim como Jung, é uma artista super interessante.

Em 2010, tive a oportunidade de visitar o ateliê dela e ver a coletânea de materiais que a série “Último Azul” trabalho demandava. Foi muito interessante poder ver o processo de trabalho dela e o fechamento da obra.

A série é composta por peças de madeira que se equilibram e se sobrepõe à transparência de outras peças em vidro azul. Com a curadoria de Paulo Sérgio Duarte, a mostra reúne 15 obras inéditas, que juntas formam uma grande instalação e nove pranchas com os primeiros estudos para esse projeto. Segundo a curadoria: “o norte de pesquisa da artista se dá na possibilidade de dissolver limites e de mostrar o quanto eles podem ser maleáveis.”

Os vidros azuis estão dispostos entre os móveis como dobradiças, encaixes que, ambiguamente, sustentam o equilíbrio e fragilizam anda mais a estrutura da montagem. O azul da água, elemento e cor frequente em trabalhos anteriores da artista, aparece como uma fluidez encapsulada. Os totens formados pelos objetos apresentam um equilibrio instável. Quem passa por entre eles, experimenta, ao mesmo tempo, uma sensação de beleza e de angústia, como se os objetos fossem se desequilibrar a quarquer momento.

O trabalho é muito bonito plasticamente e pode ser visto com mais detalhes no livro homônimo, que a artista lançou.

juan carlos romero // violencia

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Juan Carlos Romero é um artista Argentino (1931), cuja temática principal são questões da vida pública – que convencionalmente não são consideradas artísticas. Na década de 1970, Romero fundou com outros artistas o “Arte Gráfico-Grupo Buenos Aires”, que tinha como mote o resgate das tradições gráficas e experimentalismo, promovendo o prolongamento da arte para a rua.

A obra Violencia (1973-1977), exposta na 31a Bienal de Arte de São Paulo, é uma instalação que mostra a profunda crise institucional, ideológica e social que acontecera na Argentina Peronista. Nesse período, o país encontrava-se sob regime militar e multiplicavam-se os debates em torno da formação de um governo nacional e popular, o perfil de uma nova esquerda e a necessidade da luta armada.

Para Romero, mais do que a experimentação gráfica – riquíssima, aliás – o processo artístico é um processo de pesquisa, intervenção e conscientização, elementos-chave do conceitualismo latino-americano dos anos 1960 e 1970.

Além de sua produção em arte postal, poesia visual, performance, arte gráfica, pintura e gravura, o artista se dedica a escrita, edição de publicações, curadoria e docência – professor d0 Departamento de Artes Visuais Prilidiano Pueyrredon e diretor da Pós-Graduação do Instituto Universitario Nacional de Arte (IUNA).

 

daniel escobar // the world

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Daniel Escobar (1982) é um artista brasileiro brilhante. Seu trabalho usa referências da cultura pop – como mapas e anúncios –, opondo a realidade e representação em sua leitura do espaço urbano.

O trabalho “The World” surgiu da ideia de projetar, literalmente para fora do plano, o mundo ficcional dos guias e livros de turismo. Misturando realidade e ficção, o resultado são paisagens fantásticas em uma espécie de maquete.

Para conhecer mais do trabalho dele, visite o site.

 

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